sexta-feira, 25 de julho de 2014

Basilisco Verde

Basiliscus plumifrons


Classificação científica

Ordem: Squamata

Família: Iguanidae

Nome popular: Basilisco-verde

Nome em inglês: Double-crested basilisk ou Green basilisk

Nome científico: Basiliscus plumifrons

Distribuição geográfica: Da Guatemala até o Panamá

Habitat: Florestas úmidas e áreas de caatinga

Hábitos alimentares: Onívoro

Reprodução: Desova entre 01 e 16 ovos por postura, que eclodem após 60 a 65 dias de incubação

Período de vida: Aproximadamente 10 anos



 O basilisco se tornou conhecido por três motivos: o primeiro é que ele é um dos lagartos mais bonitos das américas, com suas cristas, sua coroa óssea e cores vivas espalhados por seus cerca de 80 cm de comprimento.


 O segundo é que ganhou seu nome de um animal mitológico fantástico, o basilisco das lendas gregas e medievais. Nas lendas era o rei das serpentes, e andava ereto como um homem sobre duas pernas. Sua presença afastava ratos e outros animais indesejados. Recentemente, um famoso livro sobre um bruxo adolescente teve um basilisco como vilão. Quando chegaram às

matas da Amazônia, os exploradores europeus devem ter achado que aquele estranho e belo animal devia ser o animal mitológico de que tanto ouviam falar, e deram-lhe este nome.


 Mas terceiro e mais incrível motivo de admiração por este lagarto é sua capacidade de correr sobre a água. Durante uma fuga de um predador, dirigem-se para um curso de água, que pode ter até 50 m. de largura, e colocam-se correndo sobre as patas traseiras como uma pessoa ou ave. Os longos dedos traseiros possuem uma dobra de pele cada que, quando o basilisco se põe a correr, se abrem durante a descida da pata, e se fecham imediatamente quando puxado para cima. Então esta dobra apresenta uma certa resistência que o permite se manter acima da superfície até que consiga escapar do perigo e nem se arriscar a virar comida de grandes peixes ou jacarés.

 Mas mesmo que ele tente atravessar um rio muito grande, não tem problema, pois o basilisco sabe nadar muito bem.

 O basilisco consegue uma grande variedade de alimentos nas florestas tropicais em que vive: insetos, frutas, pequenos caranguejos, anfíbios, roedores, ovos e filhotes de aves, folhas e outros. Os filhotes comem quase que apenas insetos.

 Na natureza, sua habilidade de fuga o torna uma presa difícil para seus predadores, como as raposas, serpentes e aves de rapina. Porém, sua maior ameaça é a destruição das matas em que vive, assim como a poluição dos rios e os venenos usados nas plantações, que contaminam não só o ambiente como também os insetos que servem de alimento a este fascinante animal.

 Assim, é sempre importante se lembrar que devemos dar muita importância àquilo que comemos, pois a forma como esta comida chega aos nossos pratos pode estar destruindo o ambiente onde ela foi criada.


Pra você que não acredita que ele anda sobre as águas, está ai a prova :

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Taipan do Interior

Oxyuranus microlepidotus


Classificação científica

Reino: Animalia

Filo:Chordata

Subfilo: Vertebrata

Classe: Reptilia

Ordem: Squamata

Subordem: Serpentes

Família: Elapidae

Gênero: Oxyuranus

EspécieO. microlepidotus


A taipan do interior (Oxyuranus microlepidotus)que mede 1,7m é encontrada principalmente nas bacias do rio Diamantina e do riacho Cooper, em Queensland, e no oeste de Nova Gales do Sul, Austrália, é a cobra terrestre mais venenosa. Com um único bote, pode injetar 60 mg de peçonha o bastante para matar um marsupial pequeno em segundos - mas também mais que suficiente para liquidar vários seres humanos adultos. A quantidade média de veneno é 44g, mas certo exemplar destilava 110mg, o bastante para matar 250 mil ratos ou 125 homens. Felizmente ela vive nos desertos do centro-leste da Austrália, e nenhuma morte humana foi registrada por sua mordida.

Sua cabeça é arredondada e comprida,e mais escura que o resto do corpo. No inverno a cor é preto brilhante, alterando-se para marrom-escuro no verão.








Assista o vídeo e veja a cobra em ação!


sexta-feira, 11 de julho de 2014

Flor cadáver

Amorphophallus titanum


Classificação científica

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Alismatales

Família: Araceae

Gênero: Amorphophallus

Nome binomial

Amorphophallus titanum





 Sabe por que a flor tem esse nome?

 Esta é, provavelmente, a maior e mais mal-cheirosa “flor” do mundo. As aspas estão destacadas porque esta espécie, na verdade, não é uma flor, e sim uma inflorescência de centenas de pequenas plantas.

 A Amorphophallus titanum, cujo nome significa “falo deformado gigante”, devido ao seu formato, também é chamada de flor-cadáver por causa do seu cheiro que lembra carne em decomposição. Afinal, os agentes polinizadores desta planta não são abelhas e borboletas e sim besouros. Ocasionalmente, moscas - ambos atraídos pelo cheiro de carniça.

 Com certeza eu não gostaria de ser este senhor.

 Além disso, o topo do espigão da planta tem aproximadamente a temperatura do corpo humano, o que ajuda a criar a ilusão de carne. Natural da Indonésia, esta flor pode atingir quase 3 m quando totalmente aberta (o maior espécime registrado tinha 2,75 m e pertencia à Universidade de Bonn, na Alemanha). 

 Ela só floresce por alguns dias antes de murchar, e pode levar até 5 anos para apresentar uma nova flor. Após a fertilização, frutas vermelhas do tamanho de azeitonas aparecem no cabo. Depois disso, uma única folha cresce até se tornar uma árvore que armazena energia. Aproximadamente 4 meses antes da próxima inflorescência, quando a planta tem energia suficiente, a árvore morre e o processo começa novamente.
Alguns botânicos plantam a flor-cadáver em suas casas como um ornamento. Há de se ter muito amor às plantas para suportar o cheiro.


sexta-feira, 4 de julho de 2014

Saltador-do-lodo

 Periophtalmus barbarus


Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Actinopterygii

Subclasse: Neopterygii

Infraclasse: Teleostei

Superordem: Acanthopterygii

Ordem: Perciformes

Subordem: Gobioidei

Família: Gobiidae

Subfamília: Oxudercinae

Gênero: Periophthalmus

EspéciePeriophtalmus barbarus



Outros nomes

Saltão
Mudskipper
Peces del fango
Saltarín del fango


  O saltador-do-lodo é um peixe com a estranha característica de ser anfíbio, ou seja, capaz de viver tanto na água quanto na terra. Vivendo nas áreas lodosas dos mangues, lagunas asiáticas e africanas, o saltador frequentemente enfrenta épocas de seca em que há maré baixa e torna a locomoção praticamente impossível aos peixes. Dotado de barbatanas peitorais grandes e falsos pés cobertos de escamas, o bichinho pode então deixar a água e passear por terra firme, pulando de raiz em raiz. As suas nadadeiras sofreram uma adaptação que lhe permite andar. Assim como os peixes, respiram através das brânquias, as suas são capazes de armazenar água durante várias horas. Entretanto, assim como os anfíbios, também é capaz de realizar respiração cutânea, através da mucosa oral ou faringe. Estes peixes são extremamente ativos fora da água, podendo mesmo saltar, defender seu território e escalar troncos e raízes. O que diz respeito à alimentação, o peixe-anfíbio possui uma rica dieta de insetos e vermes.

 

  Trata-se praticamente de um elo perdido, uma prova viva da teoria da evolução. Toda a vida se iniciou na água, e é possível que o primeiro ser vivo a se aventurar para fora dela com sucesso fosse bastante semelhante ao saltador-do-lodo. Este peixe vive no indo-pacífico, oeste da África, Filipinas, Austrália e ilhas da Polinésia, principalmente em manguezais e áreas de lama. Algumas espécies podem chegar a 25 centímetros e são completamente inofensivos a humanos. Estes animais cavam buracos na lama para colocar seus ovos, mantendo-os não na água, mas no ar, que é mais rico em oxigênio.

   No entanto, sem este oxigênio os ovos não iam durar, isolados pela água e eles morreriam sufocados. Assim, o macho da espécie nada pelo túnel, inspira, volta ao fundo do túnel e solta o ar na câmara onde estão seus ovos. Faz isso centenas de vezes, até os ovos eclodirem.



Assista ao vídeo